Atletas e esportistas há e muitos.
Entretanto, assim como em outras áreas, apenas uma pequena parcela se destaca,
inscrevendo seus nomes na história. Estes são excepcionais, viram lendas,
lembram aqueles heróis semideuses filhos dos deuses olímpicos com mortais. À
medida que o tempo passa, novos detalhes são acrescentados em suas histórias
maravilhosas e inacreditáveis, não mais importando se são verdade ou não. O que
importa é que emocionam toda a gente comum, quero dizer, os simples mortais, gente
como a gente, que liga a televisão e assiste embasbacado às impossíveis façanhas
quase sobrenaturais bem como às impossíveis quebras de recordes. Aí os pais
incentivam suas crianças a praticarem esportes, quem sabe um dia elas serão
capazes de um feito fantástico como o desses verdadeiros titãs.
E assim assistimos ao incrível Pelé,
nosso herói nacional, eleito o Atleta do Século, com sua excelente habilidade
de drible, chute, de cabecear e outras tantas. Ficamos emocionados com a
perícia, coragem e audácia de Ayrton Senna. Pudemos ver o grande Michael
Jordan, o melhor jogador de basquetebol de todos os tempos, o homem “que
controlava a gravidade e andava no ar”. E vibramos com Nadia Comaneci, a romena
que foi a primeira ginasta a receber uma nota dez, com seu desempenho mais do
que perfeito. E por aí vai, Paavo Nurmi, lá na década de 20, o finlandês
voador, o maior corredor de todos os tempos, que treinava com uma dedicação
exclusiva, segurando o relógio na mão. Também Carl Kewis, outro americano dos
bons em corridas e salto em distância, que quase se igualou ao finlandês
voador. São muitos e fica difícil citar todos.
Mas quando pensávamos que já
havíamos visto todos os semideuses, eis que parece descer do Olimpo o maior
dentre todos – o titã Michael Phelps, O atleta, o maior nadador da história, o
maior medalhista olímpico de todos os tempos, O cara. Nada menos que o menino
de orelhas grandes de Baltimore, que dava trabalho na escola, diagnosticado com
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e por isso mesmo, aconselhado
a praticar a natação. E parece que o moço se encontrou nas águas, com controle
total sobre elas, se sentindo tão em casa e tão certo de seu poder como se fosse
filho de Poseidon, mostrando que na água este poder é insuperável e assim será
até que outros tempos venham nos presentear com outros fenômenos espetaculares.
Evidentemente que a comparação com
semideuses é só literária, embora mais do que apropriada e justa, tendo em
vista as qualidades fantásticas dos atletas, como o controle da gravidade de
Michael Jordan que aprendeu andar no ar e de Michael Phelps que se transforma
num peixe veloz. Todos esses excepcionais atletas e esportistas são mortais
como nós, são de carne e osso, mas eles perceberam que o ideal podia ser real e
podia ser atingido. Também sua força não é de graça. Combinaram um tremendo talento
natural com qualidades infalíveis, a persistência e a dedicação. Paavo Nurmi, o
finlandês voador, foi um atleta que treinava com uma devoção fervorosa. Dizia
ele que “o sucesso no esporte vem todo da devoção, o atleta deve fazer da
devoção uma especialidade”. Ele foi um dos primeiros atletas a ter um método
sistemático de treinamento. E Michael Phelps treina nada mais, nada menos do
que dez horas por dia.
Parabéns para eles!
E aqui ficamos curiosos na torcida
para que tudo dê certo, já que não tem volta esta empreitada! Que tudo corra
como assim querem os deuses do Olimpo e os atletas semideuses.
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